Eleitores de três cidades mineiras em que ocorreram eleições extemporâneas neste domingo (22) escolheram seus novos prefeitos e vice-prefeitos. Em Ponto Chique (Norte de Minas – pertencente à 50ª Zona Eleitoral de Brasília de Minas), onde a totalização dos votos aconteceu às 18:09h, a candidata Íris Pereira Ramos(PMDB), da Coligação “Ponto Chique Volta a Sorrir”(PMDB/PTB), é a nova prefeita, eleita com 1.503 votos (50,85% dos votos válidos). O vice-prefeito eleito é José Geraldo Alves de Almeida (PTB). O candidatoGeraldo Magela Flávio Rabelo (tendo como vice Tarcísio Botelho dos Santos), da coligação “Ponto Chique em Boas Mãos” (PP/PSC), teve 1.453 votos (49,15%). Dos 3.459 eleitores aptos, 3.033 compareceram às urnas(87,68%); houve 15 votos em branco (0,49%) e 62 votos nulos (2,04%).

Em Francisco Sá (115ª Zona Eleitoral – Norte de Minas), quem vai administrar o município é José Mário Pena (prefeito/PV) e Maria Ildeny Alves Figueiredo (vice/PTB), da coligação “Juntos pelo Brejo Venceremos de Novo” (PDT/PMDB/PSB/PTB/PV),             que teve 7.300 votos (52,80% dos válidos). Denilson Rodrigues Silveira (PC do B) e Baltazar Soares Azevedo(vice/PT), da Coligação “A Renovação Necessária” (PC do B/PT/PTC/PSC/PP/DEM/PSL) tiveram 6.525 votos (47,20%). Compareceram à votação 14.927 eleitores, 88,72% dos 16.825 aptos. O encerramento da totalização ocorreu às 19:33h; foram registrados 228 votos em branco(1,53%) e 874 votos nulos (5,86%).

Em Fronteira dos Vales (Vale do Mucuri – pertencente à 4ª Zona Eleitoral de Águas Formosas), ganhou a eleição com1.731 votos (51,66%), o candidato Rozinê Sena de Oliveira (PR), da Coligação “Uma Fronteira de Todos Nós” (PR/PT/PSL/PC do B/PSDB), que tem como candidato a vice-prefeito Nilson Xavier de Andrade (PT).AColigação “A Vitória do Povo” (PTB/PDT), dos candidatos Dalmo Antônio Rodrigues (prefeito/PTB) e Juracy Lima dos Santos (vice/PDT), obteve 1.620 votos (48,34%). Compareceram 3.448 (91,34%) dos eleitores; votaram nulo 81 eleitores (2,35%) e em branco 16 (0,46%). O encerramento da totalização aconteceu às 19:02 h.

Foram utilizadas ao todo 92 urnas eletrônicas, não tendo sido necessária a substituição por urnas de lona em nenhuma das localidades. No caso de Ponto Chique, como o município é distante mais de 100 Km da sede do cartório eleitoral (em Brasília de Minas), foi utilizado o sistema de transmissão remota dos resultados. A diplomação dos eleitos será marcada por cada juiz eleitoral responsável pelo município, devendo ocorrer, segundo o Calendário Eleitoral aprovado pelo TRE, até o dia 10 de abril (em seguida, serão empossados pelas respectivas Câmaras Municipais). Os eleitores inscritos nos três municípios que não puderam comparecer às eleições deste domingo terão até o dia 21 de maio para apresentar suas justificativas pela ausência às urnas.

Os três novos prefeitos permanecerão no comando das prefeituras até dezembro de 2011. Entenda os motivos que levaram à realização das eleições extemporâneas nas três cidades:

• Fronteira dos Vales - Os candidatos a prefeito e vice, Francisco Alves e Ulisses Souza Filho, tiveram os respectivos registros cassados e foram condenados ao pagamento de multa pelo juiz eleitoral, sob a acusação de distribuição de bens - prática de conduta vedada a agente público. A decisão de primeira instância foi confirmada pelo TRE-MG no Recurso Eleitoral 1264/2008 e os candidatos concorreram sub-judice. Assim, mesmo tendo sido eleitos, não foram diplomados. O cargo de prefeito de Fronteira dos Vales está sendo ocupado pelo presidente da Câmara Municipal;

• Francisco Sá - O candidato Antônio Soares Dias (PTB), que teve a maior votação no pleito municipal de 2008, não foi diplomado. Motivo: rejeição de contas públicas, relativas ao exercício de 2001, pela Câmara Municipal;

• Ponto Chique – Augusto Gonçalves Ramos Filho, eleito prefeito em 2008, apesar de ter tido seu registro de candidatura deferido pelo juiz da 50.ª Zona Eleitoral, teve sua candidatura indeferida pelo TRE-MG, a partir de um recurso interposto sob a alegação de rejeição das contas públicas do candidato relativas à gestão de 2001. Augusto Ramos Filho apelou, então, ao TSE, por meio de Recurso Especial, mas o TSE manteve a decisão do TRE-MG e, assim, negando, mais uma vez, sua diplomação.