Leovigildo Leal da Paixão
Magistrado, promotor, advogado, delegado e professor, nasceu em Ouro Preto, antiga Província de Minas Gerais, no dia 27 de novembro de 1882. Filho de Antônio Jacó da Paixão, advogado e político, e de Virgília Maria Câmara Leal da Paixão.
Fez o curso secundário no Liceu Municipal de Rio Novo - MG, e no Ginásio Mineiro de Belo Horizonte e o curso superior, na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais e na Faculdade de Direito de São Paulo - FDSP, tendo-se bacharelado por esta em 1907. No seu tempo de estudante, foi redator da revista editada pela Liga Acadêmica, associação de estudantes de Direito e Farmácia de São Paulo, e colaborador da revista 11 de agosto, do Centro Acadêmico da FDSP.
Retornando ao estado natal, logo depois de formado, ocupou interinamente a Promotoria da Justiça de Rio Novo e, em seguida, advogou em Ubá. Nomeado Promotor de Frutal em 1908, declinou da nomeação, mas aceitou-a em 1909, para a Comarca de Rio Branco (atual Visconde do Rio Branco). Exerceu o mesmo cargo em Muzambinho, em cujo ginásio foi professor de Lógica. Em 1912, assumiu, em Rio Novo, o escritório de advocacia de seu pai, então falecido, e ali foi Delegado de Polícia por um ano. Durante o Governo de Venceslau Brás Pereira Gomes (1914-1918), desempenhou as funções de Delegado de Polícia do Rio de Janeiro. Ingressando na Magistratura mineira, foi Juiz de Direito das Comarcas de Rio Verde (1918-1924) e de Barbacena (1924-1935) e promovido a Desembargador da Corte de Apelação em novembro de 1935. Presidiu o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais de 14 de junho de 1945 a 07 de fevereiro de 1948.
Publicou os livros “Lei do reajustamento econômico” e “Na Judicatura.”
Era cunhado de Carlos Coimbra da Luz. Atuou na política seu pai Antônio Jacó da Paixão.
Faleceu em Belo Horizonte, no dia 8 de fevereiro de 1948.