Faltava espaço, sobrava criatividade
Essa era a realidade dos cerca de 460 servidores da Secretaria do TRE mineiro, em 2001, época em que praticamente se espremiam pelos quatro andares da então sede da Instituição, de 1972 a 2004, na Avenida Prudente de Morais, 320, no Bairro Cidade Jardim, em Belo Horizonte.
Inaugurado em 14 de junho de 1972, ainda em pleno Regime Militar, o “Palácio Edmundo Lins”, a primeira sede própria do TRE mineiro, fora projetado para abrigar a Secretaria e os quatro cartórios eleitorais de Belo Horizonte. Mas com o decorrer dos anos, devido à própria modernização da Justiça Eleitoral, a falta de espaço físico no edifício tornou-se evidente. Naquele ano da inauguração, 225 funcionários espalhavam-se pelos quatro andares do prédio.
Quem profetizara sobre essa deficiência de espaço, em 1975, fora o diretor da então Coordenadoria Administrativa, Paulo Aguiar de Oliveira, que dizia: “O atual prédio revela-se, hoje, insuficiente, basta um exame rápido; todas as secretarias e subsecretarias estão com área insuficiente; os gabinetes, igualmente, a Corregedoria Regional não tem área capaz de receber os funcionários ali lotados, não tem sala de espera; a Procuradoria Regional Eleitoral, idem; também a Diretoria-Geral e a presidência; estamos atrasados nesse quesito, pois todos os TREs vêm construindo com área muito superior – RJ, SP, RS, PB”.
E olha que foram tomadas algumas medidas – consideradas paliativas – para tentar solucionar o problema: colocação de mais divisórias, descentralização dos cartórios eleitorais, instalação de alguns “puxadinhos” no terreno, que fora doado pela prefeitura da Capital, no início dos anos 60.
Em agosto de 2001, a direção e a presidência da Casa sinalizaram com a possibilidade de demolição do prédio para construção de nova sede no mesmo lugar, o que seria feito a longo prazo, após discussão do orçamento da Justiça Eleitoral no TSE e no Congresso Nacional. O então presidente do TRE mineiro, desembargador Hugo Bengtsson Júnior, sobre essa questão da demolição, foi favorável, ao ressaltar que “o prédio é bem localizado, mas antigo e pouco funcional”. No entanto, essa proposta não foi adiante.
No início de 2003, a direção do Tribunal estudou a possibilidade de aquisição – não concretizada - do edifício, no Bairro Luxemburgo, também na Região Centro-Sul da Capital, onde, atualmente, funciona uma unidade do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Somente em agosto de 2004, após a compra do atual edifício-sede do TRE mineiro, também no Bairro Cidade Jardim, em BH, é que a questão de espaço de trabalho para os servidores da Justiça Eleitoral passou a ser melhor equacionada. E ficou praticamente solucionada após a aquisição de outros imóveis, no mesmo bairro. Confira os quantitativos: horário em dois turnos - 432 servidores no prédio-sede; 217 funcionários no prédio da Prudente, 320; 12 na Casa da Rua Bernardo Mascarenhas; 39 na Casa da Rua Josafá Belo e 54 no imóvel da Prudente, 280. Um total de 754 servidores que atuam nos imóveis do Cidade Jardim.
Atualmente o prédio da antiga sede da Avenida Prudente de Morais, 320 abriga setores da Secretaria Judiciária, da Secretaria de Gestão de Pessoas, da Secretaria de Tecnologia da Informação, da Secretaria de Gestão de Serviços e a Coordenadoria de Gestão Estratégica/Diretoria-Geral. Antes da atual sede, no Bairro Cidade Jardim, a Capital, o TRE mineiro funcionou em seis imóveis.
Publicado em 4/12/15