TRE registra pesar pela morte do desembargador Hugo Bengtsson Júnior

A sessão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais desta terça-feira (22) foi aberta com um voto de pesar pela morte do ex-presidente do Tribunal, desembargador Hugo Bengtsson Júnior, ocorrida no domingo (20). O magistrado integrou o TRE de abril de 2000, quando assumiu como corregedor e vice-presidente do Tribunal, até abril de 2002. Ele presidiu a instituição de 18 de agosto de 2000 a 25 de abril de 2002.

De acordo com o presidente do TRE, desembargador Domingos Coelho, Hugo Bengtsson, que também foi presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, “foi um homem cuja grandeza moral e intelectual enriqueceu a história do Poder Judiciário em nosso Estado”.  Também aderiram ao voto de pesar pelo falecimento do desembargador o vice-presidente e corregedor do TRE, desembargador Edgard Amorim, e o advogado Raimundo Cândido Neto, que falou em nome da OAB.

Magistrado e professor, Hugo Bengtsson Júnior nasceu em Muzambinho/MG, no dia 3 de novembro de 1936. Formou-se pela Faculdade de Direito do Triângulo Mineiro - Uberaba/MG - em 1964 e iniciou a sua carreira na magistratura mineira no ano de 1968, na comarca de Ibiraci. Em dezembro de 1988 foi promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, desempenhando as suas atividades até 2006, quando se aposentou.

Leia, na íntegra, as palavras do desembargador Domingos Coelho:

VOTO DE PESAR

“É com imenso pesar que registro o falecimento do desembargador Hugo Bengtsson Júnior,  ex-presidente desta Casa e ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Lamentamos a perda de um grande magistrado, colega e amigo, acima de tudo, de um homem cuja grandeza moral e intelectual enriqueceu a história do Poder Judiciário em nosso Estado.

Faleceu ontem, deixando viúva a senhora Isabel e órfãos os filhos Hugo Neto, Andréia, Fábio e Regina, esposa do desembargador Pedro Bernardes, membro substituto deste Egrégio Tribunal, a quem também externamos nossas condolências. Saudades também deixou nos corações de seus sete netos.

O Desembargador Hugo Bengtsson Júnior era um homem devotado à família e portador de grande sensibilidade para com as questões humanitárias. Pautando seus atos sempre na Verdade e na Transparência, não se furtava a criticar, com veemência, todo e qualquer tipo de injustiça, sobretudo quando praticada pelo Estado. Em seu discurso de posse na Presidência deste Tribunal Eleitoral, em agosto de 2000, ele criticou duramente a anistia das multas concedida pelo Congresso Nacional aos candidatos que desrespeitaram a legislação eleitoral nas eleições de 1996 e 1998. A reeleição para os cargos majoritários também foi alvo de suas críticas.

Presidindo as Eleições Municipais de 2000, a primeira totalmente informatizada no Brasil, o Desembargador Hugo Bengtsson Júnior enfrentou, com bastante firmeza, fortes críticas à legitimidade do uso da urna eletrônica nas eleições, ao mesmo tempo em que coordenou o maior mutirão de divulgação do voto eletrônico em Minas Gerais. Pela primeira vez o vasto território mineiro conhecia as potencialidades da votação informatizada e a grande mudança de paradigmas na organização das eleições. Paralelamente a isso, enfrentou com tranqüilidade ímpar a maior greve já realizada pelos servidores da Justiça Eleitoral em Minas Gerais, tendo sido sua postura conciliadora elogiada por todos os servidores do Tribunal e cartórios eleitorais.

O Desembargador Hugo Bengtsson Júnior nasceu em Muzambinho, no dia 3 de novembro de 1936, filho do comerciante Hugo Bengtsson e de Dona Maria de Araújo Bengtsson. Foi professor de Direito Processual Civil da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Triângulo Mineiro, em Uberaba. Mas também tinha Licenciatura em Matemática, Física e Desenho pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guaxupé.

Iniciou sua carreira pública como Promotor de Justiça, em Grão-Mogol, passando, em seguida, por Rio Espera e Santa Maria do Suaçuí. Entrou para a Magistratura em 1968, iniciando por Ibiraci, Espinosa, Carmo do Rio Claro e Juiz de Fora, até ser promovido para a 13ª Vara Cível de Belo Horizonte e, em seguida, para a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada, da qual foi Presidente. Em 1988 o Desembargador Hugo Bengtsson Júnior foi promovido ao Tribunal de Justiça do Estado, aposentando-se, finalmente, em 2006, aos 70 anos de idade".


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